O número de pessoas que têm diabetes e não sabem cresceu no Brasil. São mais de 3,2 milhões casos sem diagnóstico. É o que aponta um estudo internacional obtido com exclusividade pelo Bom Dia Brasil. O país ocupa a quarta posição no ranking mundial de casos.

No Brasil, cresceu o número de pessoas que tem diabetes, mas não sabem. São 3,2 milhões casos não diagnosticados da doença, um aumento de 14% em relação a 2013. O estudo foi feito pela Federação Internacional de Diabetes, que divulgou o mapa mundial da doença.

Segundo a pesquisa, o Brasil tem mais de 11,6 milhões diabéticos, 8,7% da população de 20 a 79 anos. No número estimado de doentes, o país ocupa o quarto lugar no ranking, atrás da China, Índia e Estados Unidos.

O poder público precisa investir mais na prevenção da doença, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. “Se fizesse campanhas como esta que estamos fazendo nesse mês azul, ou mês do diabetes, no sentido de alertar a população e fazer detecção da doença, você vai ter menos pessoas deixadas à margem do conhecimento da sua doença”, analisa Walter Minicucci, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Além dos problemas da falta de diagnóstico e do diagnóstico tardio, existe um fator que tem contribuído muito para o aumento do número de diabéticos no país: a mudança, para pior, dos hábitos alimentares do brasileiro. Comida industrializada com muito sal, muito açúcar e pouco exercício físico é uma péssima combinação.

“Pela praticidade mesmo, tem muito fast  food, coisa rápida, então acaba se alimentando pior mesmo”,

“Deveria ser só de vez em quando, mas acaba sendo uma regra por causa da vida agitada, a gente não tem tempo, acaba comendo na rua sempre”.

Para os pesquisadores, a doença deve continuar avançando no Brasil. Daqui a 20 anos, serão mais de 19 milhões de diabéticos. “Mudar os hábitos urgentemente, perdendo peso, comendo melhor, fazendo atividade física e, se possível, diminuindo o nível de estresse e jogando o cigarro fora pisando em cima dele nunca mais olhando para o maço de cigarro”, recomenda Walter Minicucci.

O Ministério da Saúde informou que criou políticas para reforçar o atendimento na atenção básica da saúde. E que os pacientes têm acesso a tratamento e a remédios de graça no SUS.

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